Wednesday, July 10, 2013

A SÉTIMA ARTE (Era uma vez...

No século XX, o século das imagens, nenhuma arte se popularizou tanto no século como o cinema, uma espécie de poder imersivo que leva as pessoas a torcer, chorar, rir, ou tremer diante de uma tela, há mais de cem anos continuamos voltando à sala escura e torcendo para que o trem demore a passar. 

De todo os primeiros filmes, os dois irmãos Lumiére foram os mais amplamente assistidos.
Em 28 de Dezembro de 1895, uma data que muitos historiadores consideram como nascimento do cinema, eles exibiram um programa curto com seus filmes documentários (e a ficção L’Arroseur Arrosé) para público pagante em uma sala no Boulevard des Capucines, em Paris. Entre esses, incluía-se um filme hoje famoso em plano único chamado A chegada de um trem à estação de La Ciotat (L’arriveée d’um Train En Gare de La Ciotat, França)
Uma câmera foi colocada perto dos trilhos, de modo que o trem aumentava gradualmente de tamanho conforme se aproximava, até parecer que atravessaria a tela e invadiria a sala.
As pessoas se abaixavam, gritavam ou levantavam para sair.
Os irmão Lumiére enviavam filmes e projecionistas para todos os continentes com tal velocidade que, em um ou dois anos, a maioria dos países já havia visto o famoso trem em La Ciotat. E em 1896 o  público nas capitais da Itália, Rússia, Hungria, Romênia, Sérvia, Dinamarca, Canadá, Tchecoslováquia, Uruguai, Argentina, México, Chile, Guatemala, Cuba, Japão, Bulgária, Tailândia, Filipinas. Repito tudo isso em 1896, e todos eram filmes dos Lumiére. 





Em 1897, Georges Méliés mergulhou fundo nas possibilidades da caixa mágica do cinema, transformando os filmes realistas dos Lumiére em fantasias teatrais.
Enquanto os Lumiére exportavam cinemascópios para o mundo todo, Charles Pathé, fundador do estúdio Pathé Fréres, tornou-se o maior produtor de filmes do mundo, posição que manteve até a Primeira Guerra.
Já em terras brasileiras a primeira sala fixa foi  o Salão de novidades de Paris, aberta em 31 de julho de 1897, no nº 141 na rua do Ouvidor, Rio de Janeiro.
Os anos 1913 e 1914 foram cruciais para o cinema, com uma guerra divisória iniciando bem no momento em que a indústria começava a esquentar. Em 1913, a cidade de Nova York contava com 986 casas de cinema; um exuberante diretor (e que eu amo) chamado Cecil B. DeMille dirigiu o primeiro filme de longa-metragem em Hollywood.

Cecil B. De Mille


Muito mais importante foi oportunismo de Hollywood durante a Primeira Guerra Mundial.
Tendo importado poucos filmes entre 1914 e 1918, Hollywood praticamente tinha o monopólio dos frequentadores de cinema e do entretenimento visual nos Estados Unidos. Quando as indústrias nacionais de países como a França, que vinha se desenvolvendo desde a virada do século, paralisaram-se diante das exigências da guerra, Hollywood fortaleceu-se rapidamente.
A década de 1920 seria a mais lucrativa e criativa do cinema.

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